O número estimado de casos novos de câncer de cólon e reto (ou câncer de intestino) para o Brasil, para cada ano do triênio de 2023 a 2025, é de 45.630 casos, correspondendo a um risco estimado de 21,10 casos por 100 mil habitantes, sendo 21.970 casos entre os homens e 23.660 casos entre as mulheres. Esses valores correspondem a um risco estimado de 20,78 casos novos a cada 100 mil homens e de 21,41 a cada 100 mil mulheres1.
Os fatores de risco que podem aumentar a chance de desenvolvimento da doença são:
O câncer colorretal pode não apresentar qualquer manifestação clínica, mas, se ocorrer, pode causar um ou mais dos seguintes sintomas:
Se você está em tratamento e ainda não se cadastrou no programa, não deixe de se cadastrar. É simples e gratuito.
Os exames de rotina são essenciais para que a doença seja detectada precocemente. A colonoscopia é o principal exame para o diagnóstico do câncer colorretal. Na maioria dos casos, é possível identificar e remover os pólipos intestinais durante esse processo4.
Caso seja constatada uma lesão, o ideal é analisar em qual fase a doença está através da biópsia5. Entretanto, mesmo com a confirmação, outros exames também são necessários para identificar características e, finalmente, encontrar um tratamento adequado.
Segundo o Ministério da Saúde, o diagnóstico precoce pode ser feito por meio da investigação com exames clínicos, laboratoriais, endoscópicos ou radiológicos, de pessoas com sinais e sintomas sugestivos da doença. Além disso, pessoas sem sinais ou sintomas, mas pertencentes a grupos de risco também devem realizar os exames para rastrear o tumor. O rastreamento dos tumores de cólon e reto (colorretal) pode ser realizado através de dois exames principais: pesquisa de sangue oculto nas fezes e endoscopias (colonoscopia ou retossigmoidoscopias)6.
Normalmente, se existe uma suspeita de câncer colorretal, é realizada uma biópsia durante a colonoscopia. Nessa biópsia o médico remove uma amostra de tecido que é enviada a um laboratório de patologia para análise.
No laboratório de patologia a amostra é submetida a alguns testes:
Testes genéticos2: A amostra é analisada para verificar se existem alterações genéticas específicas nas células cancerígenas que possam afetar a forma como o câncer será tratado. Por exemplo, tipicamente são verificadas se existem mudanças nos genes KRAS, NRAS e BRAF.5
Os marcadores tumorais são proteínas ou outras substâncias produzidas tanto por células normais quanto por células cancerígenas, mas em quantidades maiores pelas células cancerígenas. São encontrados nos próprios tumores, normalmente na amostra do tumor que é retirada durante a biópsia. Estes são usados para: diagnosticar, estadiar e/ou classificar o tumor, estimar o prognóstico e determinar o tipo tratamento.
Em alguns tipos de câncer, o nível de um marcador de tecido tumoral reflete o estágio da doença e/ou o prognóstico do paciente.
Os marcadores de tecidos tumorais podem ser determinados antes do tratamento para orientar os médicos a planejarem a melhor opção terapêutica. Por exemplo, alguns exames, denominados diagnósticos complementares, são usados para determinar se o tratamento com uma determinada terapia-alvo é indicado. Alguns desses exames determinam quanto do marcador de tecido tumoral está presente; outros detectam a presença de um marcador específico, como uma mutação genética7.
Para isso, testes como o do gene RAS (KRAS e NRAS) e BRAF ajudam a personalizar o tratamento.
Este teste detecta mutações específicas nos genes KRAS /NRAS / BRAF no DNA das células e tecidos cancerígenos. A presença dessas mutações pode indicar que certos medicamentos não serão eficazes no tratamento do câncer.
Exemplo, KRAS é um nome abreviado para o gene homólogo do oncogene viral do sarcoma de rato Kirsten. É um de um grupo de genes envolvidos em uma via chamada via receptor do fator de crescimento epidérmico (EGFR).
Em muitas células normais, a ligação do fator de crescimento epidérmico (EGF) ao seu receptor (EGFR) na superfície da célula é um sinal importante para o crescimento e a divisão celular. No entanto, em alguns tipos de câncer, o EGFR se torna ativo mesmo na ausência de EGF, levando a crescimento e divisão celular descontrolada.
Medicamentos que inibem o EGFR são frequentemente úteis no tratamento de tais cânceres. Alguns desses cânceres, no entanto, têm uma mutação no gene KRAS que produz uma proteína K-Ras anormal.
A proteína anormal está sempre ativa e pode estimular o crescimento celular, mesmo na ausência de sinais do EGFR ou de outras proteínas.8
Por isso, é importante saber o perfil do tumor metastático do paciente com câncer colorretal.
Além de seguir o tratamento com disciplina, algumas práticas diárias também são excelentes meios para alcançar uma melhor qualidade de vida. Para te ajudar nessa jornada, selecionamos diversas dicas, exclusivamente para você. Então, clique aqui e saiba quais hábitos você pode adotar.
Referências 1. https://www.gov.br/inca/pt-br/assuntos/cancer/numeros/estimativa/sintese-de-resultados-e-comentarios - Acesso em 21/07/2023 2. http://www.oncoguia.org.br/conteudo/fatores-de-risco-para-o-cancer-colorretal/7271/878/ - Acesso em 21/07/2023 3. http://www.oncoguia.org.br/conteudo/sinais-e-sintomas-do-cancer-colorretal/533/179/ - Acesso em 21/07/2023 4. http://www.oncoguia.org.br/conteudo/deteccao-precoce-de-polipos-e-cancer-colorretal/7288/179/ - Acesso em 21/07/2023 5. http://www.oncoguia.org.br/conteudo/biopsia-para-diagnostico-do-cancer-colorretal/5279/179/ - Acesso em 21/07/2023 6. http://www.oncoguia.org.br/conteudo/cancer-de-intestino-saiba-os-primeiros-sintomas-da-doenca/16075/7/ - Acesso em 21/07/2023 7. http://www.oncoguia.org.br/conteudo/marcadores-tumorais/4011/1/ - Acesso em 21/07/2023 8. http://citolab.com.br/exames/kras--nras---braf - Acesso em 21/07/2023
Se você está em tratamento e ainda não se cadastrou no programa, não deixe de se cadastrar. É simples e gratuito.